sexta-feira, 22 de julho de 2011 | By: SparrowLetters

Desejos Impossíveis

Eu encontro as paredes novamente se fechando contra mim.
É fácil perder o fôlego quando estou nessa situação.
Chega a ser sufocante perceber que o desejado está tão próximo, mas ao mesmo tempo completamente fora de alcance. Isso me destrói por dentro.
Nesses dias em que nada mais me toca, tenho jogado fora qualquer vestígio desse passado.
Coleciono uma porção de olhares, alguns toques em minha mãos e alguns remédios para minha solidão.
Faz tanto tempo que não ouço o som da tua voz, e agora eu já nem mesmo sei se eu quero lembrar.
Na estante eu coloquei mais alguns livros, na vã tentativa de preencher esse espaço vazio, que na verdade se encontra dentro de mim.
Não que não faça mais sentido, mas resolvi deixar pra lá alguns amigos e o coração partido, pra tentar me encontrar.
Já não ouço mais os mesmos discos, e existem algumas canções que eu nem ouso cantar.
Nesses dias em que morro por dentro ao te ver, onde morro ainda mais se eu não te ver.
Nesses dias onde já não posso mais te alcançar.
sábado, 16 de julho de 2011 | By: SparrowLetters

Vícios

E então mais uma vez eu perdi meu caminho.
Eu estava completamente certo de que agora eu conseguiria seguir essa estrada sem desabar por ela.
Eu estava completamente errado.
Como eu disse... é um vício. Toda e qualquer tentativa, de esquecer a inebriante sensação que ela me causava, é um estupido erro.
Tento encontrar nesses dias, formas de esquecer por instantes.
Saio, rio, danço, canto. Farsas!
São apenas camuflagens. Mascaras que escondem o interior frágil e deteriorado após essa ilusão que criei.
Ainda assim não existem culpas, desculpas, erros ou acertos.
Acho que apenas erramos no tempo. Talvez se ele esperasse uns meses, tudo mudaria... ou nada de fato tivera ocorrido.
Só me doem as lembranças.
Elas conseguem resumir em flashes, momentos que um dia fizeram meu sorriso valer a pena, mas são apenas isso: Lembranças.
Elas não trarão de volta os momentos, elas não me faram sorrir novamente, elas apenas estão dispostas a esfregar na minha cara trechos de vida que se perderam no passado.
Tento seguir sóbrio a maior parte do tempo. Esquecer tudo isso demanda uma inconsciência que eu não suporto.

São vícios...
E como tais, a reabilitação te leva a loucura em fração de segundos.
quarta-feira, 13 de julho de 2011 | By: SparrowLetters

Historias sem Final...

Você tenta se levantar, se recompor, mas a rasteira que vem logo em seguida é ainda mais forte.
Então tudo o que você pode fazer, é apenas observar a chuva lavando seu corpo e desejando que ela leve embora essa aflição que te cobre como um manto escuro.
Essa noite eu não durmo. Assim como muitas outras, como aconteceram por varias vezes.
Mas se quer saber, eu não ligo pra isso.
Ainda que meus olhos denunciem a perda que me tira o sono, eu não ligo.
Tentei por vezes te alcançar, mas eu sei que sempre vou tropeçar na barreira que te impede de baixar a guarda, na barreira que você sequer se importa em deixar te cercar.
Por mais que eu tente te segurar a cada queda, você recolhe a sua mão me deixando apenas a contemplar seu vôo brusco.
Durante as noites posso sentir tuas lágrimas. São como facas me acertando o peito e dizendo que sou incapaz de ajudar.
Mesmo longe, eu morro por permanecer com as mãos atadas... que você atou.
Você não esqueceu...
Você não libertou...
Você se aprisionou nesse passado que condena teus dias, e a chave, capaz de abrir essa cela, você mantêm guardada onde ninguém pode entrar... por mais que eu tente.
Eu sei que seu coração está cheio demais, mas eu me deixei levar pela armadilha desse sádico destino.
Hoje eu compartilho dessa maldição com efeito dominó.
Amar alguém, que ama alguém, que ama alguém, e o ciclo vicioso não vai ter fim.
Pelo menos assim eu vejo.

Só espero que essa noite, quando as luzes se apagarem,o eco de cada lágrima tua seja extinto.
Só espero que amanhã o dia amanheça bem, e a chuva... que a chuva tenha levado embora cada dor que insiste em esconder o teu sorriso.

Virtudes e Defeitos

Eu sei. Estou longe de ser o modelo perfeito dos teus pensamentos.

Meus confidentes têm sido um bloco de anotações, minha guitarra e meus versos desleixados.

Eles guardam meus temores, minhas felicidades, em sumo, eles guardam tudo o que me faz sentir vivo desde que você chegou.

Se as vezes meto os pés pelas mãos, se as vezes fico sem saber o que dizer ou como agir, não me leve a mal. Me assusta como você consegue parar as batidas em meu peito, e eu mal posso controlar isso. Na verdade, eu não quero.

Ainda com todos esses defeitos e mudanças repentinas de astral, sei que eu posso ser bom.

Não sei porque, não sei como, não sei o quanto.

Mas algo dentro de mim luta pra se destacar e se mostrar quando sinto você em meus braços.

Quando sinto teu corpo colado ao meu.

Algo que eu tranquei dentro de mim há muito tempo, e que relutei dia após dia em manter em segredo.

Hoje ele se rebela.

A pedra de gelo que outrora eu trazia batendo em meu peito se desfez no calor dos teus lábios.

Penso que as engrenagens estão voltando a funcionar.

Penso que a chance de um recomeço está a poucos centímetros das minhas mãos, e quando eu agarrar, nada nesse mundo vai me fazer desistir.

Porque eu apagaria o brilho da Lua e das estrelas do céu, só pra ter apenas o teu sorriso iluminando as minhas noites.

quinta-feira, 30 de junho de 2011 | By: SparrowLetters

Paradoxo Ambulante

Há tantas coisas pra dizer, mas elas simplesmente resolvem se ocultar deixando minha voz muda.
Quisera demonstrar de tantas formas o que eu realmente penso e sinto, mas parece que eu desaprendi a mostrar o ponto chave das questões... então rodopio em vãs tentativas de desenhar meus intentos.
Hão de existir os dias em que eu me sinta pequeno e ferido por casualidades que, aos olhos de terceiros, pareçam coisas bobas. Nesses dias, provavelmente eu irei demonstrar da forma mais primitiva e infantil meus desalentos.
Mas você me conhece, e como ninguém mais, consegue com coisas simples destruir essas fases ruins que me cercam.
Um sorriso envergonhado, um abraço caloroso, um beijo incrivelmente único.
E então me desarma de todas as formas, quando teus olhos verdes invadem os meus.
Por mais que eu seja um paradoxo ambulante, eu me encontro e me perco em tua presença.
quarta-feira, 15 de junho de 2011 | By: SparrowLetters

Colisão

Indubitavelmente aquele seria mais um dia comum pra ele.
Mais um de seus rápidos e tediosos dias.
Mas havia algo no ar.
Algo surpreendentemente carregado de positividade.
Caminhar pelas ruas - que outrora era uma coisa que desagradava – hoje era feito de bom grado.
Sorrisos e abraços vinham e iam com a mesma intensidade.
Ao longe era possível enxergar o Sol se pondo por detrás das montanhas já desfocadas pela distância.
A noite caíra.
Com ela, veio a incontrolável vontade de ir de encontro a sua fonte de desejos.
E assim o fez...
Como se jamais houvesse escolha, ele sabia que seu destino era um só.
E então os sorrisos e abraços pareciam coisas corriqueiras, sem valor algum diante do que se postava a sua frente.
Então aconteceu...
Os lábios amargos pela nicotina e o alcatrão se encontraram com aqueles que mais pareciam seda, tamanha suavidade.
Os ponteiros pararam – O mundo parou – Nada mais parecia ser suficientemente importante pra ser notado naqueles instantes.
O intenso encontro dos verdes olhos o fizera perder os sentidos e sentir o que há tempos se encontrara adormecido.
Como num ato consensual,ambos perceberam a esfera branca de luz branda que jazia sobre suas cabeças.
A Lua brilhava como jamais eles tinham percebido antes.
A fria brisa do inverno de Junho, sequer parecia surtir efeito sobre a pele em contato.


"A colisão aconteceu sem que ninguém ouvisse, mas nessa noite, o mundo parecia subjugar-se aos encantos vivenciados em tão curto espaço de tempo, mas no tempo suficientemente eterno."

terça-feira, 26 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Redenção

Você se pergunta o motivo dos dias estarem tão cinzas e chuvosos. É mágico e assustador como se assemelha com esse estado de espírito.
Exatamente como no céu, o brilho do sorriso é ocultado por densas nuvens de auto-piedade.
É como se nenhuma tentativa de escape fosse válida, são apenas como drogas, te dando a falsa sensação de que você está em outro nível, até o efeito passar... e sempre passa.
A utilidade de tudo e todos ao seu redor é minimizada de uma forma aterradora, nada supre o fenomenal efeito da falta. Ainda que se experimente coisas novas, se conheça pessoas novas, ainda assim, tudo é vago, desprovido do adjetivo interessante.
Enquanto o sol luta por alguma brecha entre as nuvens, ainda luto por uma brecha entre esses dias, tentando elevar esse estado de espírito decadente. Assim como alguns poucos podem ver que por detrás dessa armadura de indiferença e sarcasmo, existem brechas que denunciam a vulnerabilidade quanto ao meu maior ponto fraco... o sentimento.


Enfim, eu ainda sigo... sem porque, sem saber... apenas o faço. Talvez porque saiba que se eu parar, não existirá enfim um sentido se quer para respirar.
sexta-feira, 22 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Conto de um Desamor.

- E mais uma vez eu estava ali. Remoendo cada momento e ato na minha cabeça, maquinando e tentando encaixar as peças deste quebra-cabeças que o destino se encarregou de espalhar e esconder.
Ouvi por aí, algumas vezes, que quando se encontra o amor, perde-se completamente o senso de razão. Hoje eu concordo... Eu sempre fui do tipo de pessoa que apenas assimila certas coisas, vivendo na própria pele. Isso tem o seu preço.
O meu, fora sacrificar a própria alegria, ou pelo menos, boa parte dela.
Impulsionado a seguir uma linha lógica que eu mesmo criei, ainda que seja ilógica ao que se sente, se existe alguém que se ama tanto que a felicidade dela seja a tua prioridade, escolho apenas observar de longe isso acontecer. Ainda que não seja eu a pessoa escolhida pra isso, no final das contas, o que eu sempre quis, a felicidade dela, está sendo vivida.
Escondo qualquer vestígio de orgulho ferido. Escondo qualquer lágrima de saudade e dor.
Jamais pedira ajuda a ninguém, ainda que sentisse as punhaladas no estômago dessa dor a cada dia.
A vida tem esses modos estranhos e confusos de ensinar lições que se levam pra toda vida. Meu carma é aprender da pior maneira... mas é necessário.
Entendendo melhor toda essa situação, ainda que mortalmente ferido na alma, eu apenas observo por detrás dessa janela.
O sorriso que não é mais meu. Os desejos e planos onde não estarei mais inclusos. Os momentos únicos que não serão vividos comigo.
Mas ao fim de tudo, ainda que faltem algumas peças roubadas por esse destino sádico, eu compreendo que afinal de contas, o meu desejo está sendo realizado, ainda que não seja por mim.

Assim eu vou... escrevendo trechos de histórias, tentando resumir em linhas o que nem mesmo pode ser dito. Escrevendo essas cartas endereçadas à ninguém, que ninguém lerá... ainda assim eu escrevo....
domingo, 17 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Quanto mais eu penso...

... mais eu me confundo e me perco em meus devaneios.
Hoje eu sei o quão difícil é tentar entender tudo o que se passa - principalmente dentro de mim.
Demorei tanto tempo me deixando levar pelas deduções e verdades que eu mesmo criei, que quando fora revelado, a confusão em minha cabeça virou minha tormenta, meu carma.
Da forma que eu vejo, eu - e unicamente eu - fora o próprio arquiteto da minha sentença. Juro que daria tudo para voltar no tempo e apenas dizer... isso... simplesmente dizer.
Nunca na minha vida eu fiquei tão cego de raiva de mim mesmo, por deixar de fazer algo tão banal, tão simples. Pelo menos pra mim isso mudaria tudo.
Me restou apenas me desprender, deixar que a vida siga seu fluxo, e observar inerte, esperando pra ver onde esse rio vai desaguar.
Eu não quero que se incomode, de verdade... tampouco quero ser um incômodo.
Jurei a mim mesmo que, na próxima vez em que conseguir me agarrar, segurarei com todas as forças, até que eu sangre se for preciso, mas não soltarei.
Restou apenas te observar através de um vidro, do qual, não vai importar o quanto eu grite e esmurre, você nunca entenderá o que vou dizer de verdade.
Na verdade entre meus tropeços, eu acabei por me perder de novo, e impossibilitado, não existe opção alguma de te alcançar novamente, não da maneira que eu esperava.
Não pra mim... Não agora...





"Eu penso que aquele, fora o momento mais marcante da minha vida. Enfim, tudo nessa vinda é findável. Sobrou apenas esperar a próxima história desse livro onde cada capítulo tem se mostrado com o desfecho igual ao anterior. Onde cada história tem um meio feliz, e o final se perde em meio aos ventos."
segunda-feira, 11 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Definitivamente...

... vejo esse momento como se estivesse em um beco sem saídas.
Certamente fui comovido da maneira mais suave que pudera ser feito. Não que isso seja de todo ruim, mas é no mínimo exaustivo, consumir horas semanais antes de dormir, pensando em mil e um planos de te falar.
Eu exponho, grito e declamo mil e uma vezes de maneira camuflada, mas acredito que seus ouvidos não estão pronto pra me ouvir, acho que eles não irão entender a simples mensagem codificada através desses sinais esperançosos.
E talvez, leve mais tempo do que eu penso, ou não. Talvez eu fique farto de esperar e, tomado por uma coragem súbita que me acomete de estações em estações, eu decida findar essa tortura sentimental e psicológica.
Talvez essa noite eu te encontre em mais um sonho, onde despretensiosamente, eu ande por lugares de beleza comovente, e nesse cenário ao acaso, eu te encontre e te diga dos mil e um planos que tracei e te faça rir... e talvez eu ria também, apenas por ouvir cada gargalhada de felicidade que pude eu, roubar de ti.

Mas eu já dei sinais demais, então apenas aguardo... aguardo pacientemente enquanto posso...
Aguardo teus ouvidos estarem prontos a me ouvir e entender
quinta-feira, 31 de março de 2011 | By: SparrowLetters

Pensando bem...

... existem certas coisas na vida que, por mais evoluídos que sejamos, jamais conseguiremos explicar.
A falta de visão que nos levou a tudo isso, fora o mais difícil de me acostumar.
O pensamento de olhar pra frente e esquecer, encontrar o meu lugar, por vezes se perdeu e fora reencontrado. Se perdia quando eu me perdia no turbilhão de cartas que você deixou. E ainda hoje são lembranças que o tempo não apagou.
Era tudo digno de fantasia no início, era como um vício... o meu maior vício, tão difícil de deixar.
E esse me fazia procurar em casa pessoa um espelho teu, tentando te enxergar quando eu sabia, que apenas tentava ocupar minha mente da dor.
Eu me perdi nesse mundo que você criou, e tento entender o porque nunca voltou pra me libertar.
E eu que não sei ao menos onde chegar, já caminhei tanto pra encontrar.
E eu que não sei como te falar, já me exauri de tanto escrever para cantar... mas se você não quiser ouvir, as canção não te dirão absolutamente nada.

Poderiam dizer... poderiam me sussurrar teu nome, enquanto durmo sobre os rascunhos mal-escritos pelas noites de sono roubadas...
terça-feira, 29 de março de 2011 | By: SparrowLetters

Até que ponto...

... consentimos quem mudem nossa vida ao Deus-dará, sem ao menos ligar pro desfecho que seguirá?
Eu não sei mais como é voltar à cidade, e não ir correndo pra sua porta. Então acho que não volto mais.
Não encontrei nenhum verso que te cante sobre como encontrei um caminho novo e um novo amor.
Não encontrei nenhum verso que diga que esqueci o que agora é passado e sobre como agora a vida sorri pra mim... a vida nunca fora como nas músicas... a música imita a vida, e os versos contam sempre as mesmas histórias... um indivíduo estagnado no tempo, que ao menos tem noção de pra onde possa ir, então ele espera... simplesmente espera, como eu esperei. Como eu esperei na tua porta debaixo de chuva sem ninguém atender.
Como por vezes esperei o som agudo de uma chamada cessar e dar lugar a tua voz, mas ela não se propagou.
Como eu esperei interminantes noites o mero vislumbre de um sorriso teu em algum sonho repentino... e não veio...

Eu permanecerei aqui, até encontrar uma maneira de seguir... e evaporarei da tua atmosfera, porque eu morreria se te visse... morreria se não te visse novamente...
quinta-feira, 24 de março de 2011 | By: SparrowLetters

Possivelmente...

... você teria gostado de quem eu costumava ser.
Gostava de ser mais claro e receptivo, no que diz respeito às pessoas que entram e saem da minha vida. Eu ria de besteiras e, as vezes, gargalhava sem nem saber o porque. Era legal vagar por aí sem me preocupar, porque eu sempre soube que tivera um lugar pra voltar e me recostar.
Você teria gostado de saber cada coisa que me fazia rir, chorar, entristecer e me alegrar.
Teria gostado de alguém que não existe mais...

Possivelmente porque a essência fora descartada em algum ponto da vida em que já não podemos mais retroceder e reencontrar. Hoje é bem mais fácil fechar a cara e demonstrar um exterior inabalável e imune, enquanto o interior se deteriora cada dia mais com o peso de suportar as mentiras que bombardeiam a consciência.
Riscar da lista de necessidades, qualquer referência a pedir ajuda à outros. Talvez isso signifique fraqueza... nesse novo mundo onde se vive. Talvez eu só tenha medo da dor que pode ser tentar reverter essa situação.

Você teria gostado de quem eu era antigamente, mas você chegou atrasada. Voltar o relógio infelizmente não surtirá efeito algum.
sábado, 19 de março de 2011 | By: SparrowLetters

Anjo

- Pelas minhas andanças mundo a fora, enquanto eu - que jamais pedira ajuda, pensava estar perdido e sem rumo, encontrei o que outrora jamais acreditei.
Há quem diga que tais seres, são incomparáveis ao se descrever. Há quem diga que são dotados de majestosas asas alvas, que brilham e iluminam a mais tenra escuridão.
Eu discordo.
Na minha concepção, um anjo não precisa de asas, tampouco auréolas douradas que jazem centímetros acima de sua cabeça.
Mas percebe-se sua natureza no olhar. Olhar esse que, ao se deparar quando mais precisa, é capaz de oferecer um conforto arrebatador.
Percebe-se no sorriso, que inegavelmente, reflete toda luz e paz de espírito necessária pra te fazer esquecer meio mundo e com ele os problemas.
Percebe-se no abraço acalorado. Abraço esse que sem dúvida alguma dispensa comentários.


Podemos andar por aí ao leu, e simplesmente passarmos por essas pessoas sem nem ao menos nos darmos conta, mas é fato sabido que cada um tem seu anjo protetor, seja ele um amigo, um irmão, um amor.

Talvez seja o mais próximo do céu que eu possa tocar...
quinta-feira, 17 de março de 2011 | By: SparrowLetters

Enquanto...

... você dorme sozinha essa noite, eu sento e espero os vestígios das primeiras luzes da manhã.
Entre cada tragada, o bloco de folhas em minhas mãos se enchem com rabiscos dos lampejos de versos que inundam minha mente.
Pilhas de folhas rasgadas e mais um tanto amassadas guardam as silenciosas anotações que possivelmente jamais alguém saberá.
Ainda espero encontrar, um dia, a resposta de todas essas palavras jogadas fora. Talvez eu apenas precise escrever, sem um porque concreto, apenas tenho de fazê-lo e esvaziar minha mente como quem abre o ralo de uma pia repleta de água... escoar esses ecos como se abrisse comportas de uma represa transbordando.

Então enquanto você dorme, eu tenho histórias pra contar ao vento. Histórias essas que você jamais ouvirá, nem você, nem ninguém. Ele guarda meus segredos, e por mais que ele os espalhe, nunca chegará aos teus ouvidos, como sempre...

Enquanto você dorme sozinha essa noite e como tantas outras, você jamais vai imaginar, que tais versos simplesmente guardam o desejo de que amanheça mais uma vez, e traga ao menos um relance do teu sorriso, trancado nos meu sonhos quando finalmente o sono me acolhe.





"Então eu começarei de novo....
Refarei cada passo... e assim começarei de novo."
terça-feira, 15 de março de 2011 | By: SparrowLetters

Tanto faz...

... se você acorda perdido no meio da noite.
Tanto faz se você põe seus pés sobre o chão frio quando levanta, ou se você prefere fechar os olhos pra dormir pra sempre.... tanto faz...

O que você quer nunca conta.
Chega uma hora na vida onde a gente percebe que de certa forma só resta seguir os caminhos impostos e levar consigo a melhor forma possível disso.
Muitas coisas foram vividas... e dessas coisas aprendi que ninguém vai se importar se você ainda pode continuar.
Aprende-se também como é estranho o "sentir".
O tempo tem passado rápido, mas como costumam dizer sempre, o tempo não é como um rio que corre e lapida tudo o que é necessário pra se ficar bem de novo...
O meu tempo passou, e ele deixou estagnado em algum lugar dentro de mim coisas que ainda hoje voltam como naquele tempo.
É como uma chaga... uma ferida na alma.
Você nunca se cura completamente, você apenas espera e espera, e quando pensa que cicatrizou, ela volta a se abrir e te lembrar a causa dessa dor.

Tanto faz o que eu ou você ou, qualquer um sente... o resto do mundo não se importa, e sinceramente não faz a menor diferença pra ninguém além apenas de quem vive a situação.
O mundo anda saturado de indiferença, e a mesma vem agindo como um câncer que, ao corromper um, passa a corromper os que estão à sua volta e assim num ciclo vicioso, entope o mundo de gente incapaz de se importar com os carmas alheios quando tem em primeiro lugar, seu interesses próprios, e na maioria das vezes, fúteis ou sem fundamentos.

Tanto faz o que eu disser, tanto faz o que você entender... você não vai se importar mesmo...
sábado, 26 de fevereiro de 2011 | By: SparrowLetters

Sorte.


.Na concepção geral, você acredita que a sorte se personaliza pela onda de coisas boas e acontecimentos que te encaminham a um bem-estar duradouro.

Na minha opinião, sorte é bem mais profundo que isso.
Você se pergunta durante muitas noites, o porque as coisas vão de mal a pior algumas vezes, e você culpa a sorte por isso.
Mude a perspectiva!
Você já se perguntou se teus atos de alguma forma te levaram a esse desfecho?
Sorte pra mim é apenas um substantivo que o homem inventou na ânsia de nomear uma sucessão de eventos e atos que o levam à um patamar que o próprio considera satisfatório.
Sorte no jogo, azar no amor...

Mentira escrota!
Na concepção geral, meu revés para os dois são tão grandes quanto minhas decepções.
No jogo eu nunca saberei o porque... mas no segundo, é uma coisa que nunca depende apenas de um. Há interesses, vontades e desejos de dois envolvidos, e ainda assim, onde deveria haver uma união para o bem comum, ainda é levado como disputa, onde cada um quer apenas fazer prevalecer os seus interesses.

Na banalização desses sentimentos, eu prefiro abrir uma cerveja e perder quantos jogos eu puder à perder cada vez mais uma parte do meu bem-estar em pró de indivíduos que sempre visaram o seu próprio.


Nunca quisera ganhar tudo ou ser o melhor, apenas que algumas vezes o revés se mantivesse calado para dar espaço à felicidades momêntaneas
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 | By: SparrowLetters

Sei...

...que ainda serão perdidas, muitas noites, através de maus sonhos e medos individuais.
Sei que talvez, eu nunca possa te dizer o que realmente eu tenho preso na garganta por todo esse tempo, e ato contínuo, eu terei ainda muitas outras noites de sono perdido por ti.
A cada nova ilusão criada, enquanto envolto estou nos braços de Morfeu, a saudade de cada instante que, por hora reside em um passado ainda muito próximo, me faz derramar torrentes de tristezas. Quisera eu poder me agarrar a cada sonho, e de cada um deles, viver o máximo possível. Ou quem sabe talvez, viver deles pra sempre. Sonhos são mutáveis - ou pelo menos na maioria das vezes - e sendo assim, eu tentaria viver numa realidade onde a falta de alguém pudesse ser sanada com apenas um estalar de dedos, ou um pedido à estrela que desponta primeiro que todas as outras no céu vespertino.
Eu recriaria um mundo, à maneira que lhe fosse mais desejável, roubaria milhares de sóis e luas pra te ver sorrir. Faria dias de Sol estampado num céu límpido, frente às ondas do mar e eternizaria cada momento como esse na lembrança.
Na verdade eu já faço isso... mas são apenas sonhos, e quando se sonha com o coração quebrado... a parte mais dolorosa... é simplesmente acordar.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 | By: SparrowLetters

E nesses dias...

... em que o mundo se mostra sem cor alguma, a melancolia de certas músicas me arrebatam à momentos e atos que eu preferia esquecer.
Por tempos eu achava que sempre existiria aquela pessoa única, que um dia encontraríamos e descobriríamos que ela seria diferente de qualquer uma outra.
Mas todos somos humanos, e logo, suscetíveis aos erros.
E o que mais fere nossa alma, é que sempre acreditamos no conceito de que existe aquela pessoa diferente.
O daltonismo que me faz enxergar esse mundo de forma monocromática, foi concebido através dessas experiências que por fim calejam nosso espírito.
Envolto em confusões atormentadoras, só posso engolir seco, o nó na garganta que as decepções trazem repentinamente. Cada madrugada torna o sono algo obsoleto, quando os pensamentos perambulam desatentos ante meus olhos.
Eu juro que tentei esquecer certas coisas... mas eu nunca peço ajuda, prefiro guardar pra mim minhas mágoas e decepções a ser um tormento momentâneo na vida corrida e interessantemente ocupada de alguém.




"E se amanhã não for nada disso, caberá SÓ a mim esquecer... e eu vou sobreviver...
O que eu ganho... o que eu perco... ninguém precisa saber..."
sábado, 1 de janeiro de 2011 | By: SparrowLetters

Ano novo, Vida nova...

... Ou assim, ao menos, deveria ser.
Promessas, juras, recitadas mentalmente. Vontades idealizadas no último mês do ano, tomando o princípio de verter a vida em uma espécie de oposto ao que tudo realmente é. Desejo de mudar, crescer, aprender, tornar tudo diferente e assim obter a sensação de ter feito a sua vida melhor.
Ao menos, é esse o desejo e sonho que dura não mais que até o segundo mês do ano que se inicia.

Pedimos e juramos, e esquecemos que as reais mudanças, ocorrem quando nós mesmos as fazemos.
Esquecemos que os pedidos e juras, são por si só, apenas a base da almejada mutação.
Deixamos os dias transcorrerem, e assim com eles, perdemos a motivação, e após, notamos que nos acomodamos, e voltamos à estaca zero... desejando assim todas as mudanças guardadas na gaveta, que desejamos no ano anterior.


Faça, grite, corra, dance, cante, fale, leia, beije, sorria, chore, abrace, ame, erre, corrija-se... viva... intensamente.