terça-feira, 26 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Redenção

Você se pergunta o motivo dos dias estarem tão cinzas e chuvosos. É mágico e assustador como se assemelha com esse estado de espírito.
Exatamente como no céu, o brilho do sorriso é ocultado por densas nuvens de auto-piedade.
É como se nenhuma tentativa de escape fosse válida, são apenas como drogas, te dando a falsa sensação de que você está em outro nível, até o efeito passar... e sempre passa.
A utilidade de tudo e todos ao seu redor é minimizada de uma forma aterradora, nada supre o fenomenal efeito da falta. Ainda que se experimente coisas novas, se conheça pessoas novas, ainda assim, tudo é vago, desprovido do adjetivo interessante.
Enquanto o sol luta por alguma brecha entre as nuvens, ainda luto por uma brecha entre esses dias, tentando elevar esse estado de espírito decadente. Assim como alguns poucos podem ver que por detrás dessa armadura de indiferença e sarcasmo, existem brechas que denunciam a vulnerabilidade quanto ao meu maior ponto fraco... o sentimento.


Enfim, eu ainda sigo... sem porque, sem saber... apenas o faço. Talvez porque saiba que se eu parar, não existirá enfim um sentido se quer para respirar.
sexta-feira, 22 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Conto de um Desamor.

- E mais uma vez eu estava ali. Remoendo cada momento e ato na minha cabeça, maquinando e tentando encaixar as peças deste quebra-cabeças que o destino se encarregou de espalhar e esconder.
Ouvi por aí, algumas vezes, que quando se encontra o amor, perde-se completamente o senso de razão. Hoje eu concordo... Eu sempre fui do tipo de pessoa que apenas assimila certas coisas, vivendo na própria pele. Isso tem o seu preço.
O meu, fora sacrificar a própria alegria, ou pelo menos, boa parte dela.
Impulsionado a seguir uma linha lógica que eu mesmo criei, ainda que seja ilógica ao que se sente, se existe alguém que se ama tanto que a felicidade dela seja a tua prioridade, escolho apenas observar de longe isso acontecer. Ainda que não seja eu a pessoa escolhida pra isso, no final das contas, o que eu sempre quis, a felicidade dela, está sendo vivida.
Escondo qualquer vestígio de orgulho ferido. Escondo qualquer lágrima de saudade e dor.
Jamais pedira ajuda a ninguém, ainda que sentisse as punhaladas no estômago dessa dor a cada dia.
A vida tem esses modos estranhos e confusos de ensinar lições que se levam pra toda vida. Meu carma é aprender da pior maneira... mas é necessário.
Entendendo melhor toda essa situação, ainda que mortalmente ferido na alma, eu apenas observo por detrás dessa janela.
O sorriso que não é mais meu. Os desejos e planos onde não estarei mais inclusos. Os momentos únicos que não serão vividos comigo.
Mas ao fim de tudo, ainda que faltem algumas peças roubadas por esse destino sádico, eu compreendo que afinal de contas, o meu desejo está sendo realizado, ainda que não seja por mim.

Assim eu vou... escrevendo trechos de histórias, tentando resumir em linhas o que nem mesmo pode ser dito. Escrevendo essas cartas endereçadas à ninguém, que ninguém lerá... ainda assim eu escrevo....
domingo, 17 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Quanto mais eu penso...

... mais eu me confundo e me perco em meus devaneios.
Hoje eu sei o quão difícil é tentar entender tudo o que se passa - principalmente dentro de mim.
Demorei tanto tempo me deixando levar pelas deduções e verdades que eu mesmo criei, que quando fora revelado, a confusão em minha cabeça virou minha tormenta, meu carma.
Da forma que eu vejo, eu - e unicamente eu - fora o próprio arquiteto da minha sentença. Juro que daria tudo para voltar no tempo e apenas dizer... isso... simplesmente dizer.
Nunca na minha vida eu fiquei tão cego de raiva de mim mesmo, por deixar de fazer algo tão banal, tão simples. Pelo menos pra mim isso mudaria tudo.
Me restou apenas me desprender, deixar que a vida siga seu fluxo, e observar inerte, esperando pra ver onde esse rio vai desaguar.
Eu não quero que se incomode, de verdade... tampouco quero ser um incômodo.
Jurei a mim mesmo que, na próxima vez em que conseguir me agarrar, segurarei com todas as forças, até que eu sangre se for preciso, mas não soltarei.
Restou apenas te observar através de um vidro, do qual, não vai importar o quanto eu grite e esmurre, você nunca entenderá o que vou dizer de verdade.
Na verdade entre meus tropeços, eu acabei por me perder de novo, e impossibilitado, não existe opção alguma de te alcançar novamente, não da maneira que eu esperava.
Não pra mim... Não agora...





"Eu penso que aquele, fora o momento mais marcante da minha vida. Enfim, tudo nessa vinda é findável. Sobrou apenas esperar a próxima história desse livro onde cada capítulo tem se mostrado com o desfecho igual ao anterior. Onde cada história tem um meio feliz, e o final se perde em meio aos ventos."
segunda-feira, 11 de abril de 2011 | By: SparrowLetters

Definitivamente...

... vejo esse momento como se estivesse em um beco sem saídas.
Certamente fui comovido da maneira mais suave que pudera ser feito. Não que isso seja de todo ruim, mas é no mínimo exaustivo, consumir horas semanais antes de dormir, pensando em mil e um planos de te falar.
Eu exponho, grito e declamo mil e uma vezes de maneira camuflada, mas acredito que seus ouvidos não estão pronto pra me ouvir, acho que eles não irão entender a simples mensagem codificada através desses sinais esperançosos.
E talvez, leve mais tempo do que eu penso, ou não. Talvez eu fique farto de esperar e, tomado por uma coragem súbita que me acomete de estações em estações, eu decida findar essa tortura sentimental e psicológica.
Talvez essa noite eu te encontre em mais um sonho, onde despretensiosamente, eu ande por lugares de beleza comovente, e nesse cenário ao acaso, eu te encontre e te diga dos mil e um planos que tracei e te faça rir... e talvez eu ria também, apenas por ouvir cada gargalhada de felicidade que pude eu, roubar de ti.

Mas eu já dei sinais demais, então apenas aguardo... aguardo pacientemente enquanto posso...
Aguardo teus ouvidos estarem prontos a me ouvir e entender