quarta-feira, 13 de julho de 2011 | By: SparrowLetters

Historias sem Final...

Você tenta se levantar, se recompor, mas a rasteira que vem logo em seguida é ainda mais forte.
Então tudo o que você pode fazer, é apenas observar a chuva lavando seu corpo e desejando que ela leve embora essa aflição que te cobre como um manto escuro.
Essa noite eu não durmo. Assim como muitas outras, como aconteceram por varias vezes.
Mas se quer saber, eu não ligo pra isso.
Ainda que meus olhos denunciem a perda que me tira o sono, eu não ligo.
Tentei por vezes te alcançar, mas eu sei que sempre vou tropeçar na barreira que te impede de baixar a guarda, na barreira que você sequer se importa em deixar te cercar.
Por mais que eu tente te segurar a cada queda, você recolhe a sua mão me deixando apenas a contemplar seu vôo brusco.
Durante as noites posso sentir tuas lágrimas. São como facas me acertando o peito e dizendo que sou incapaz de ajudar.
Mesmo longe, eu morro por permanecer com as mãos atadas... que você atou.
Você não esqueceu...
Você não libertou...
Você se aprisionou nesse passado que condena teus dias, e a chave, capaz de abrir essa cela, você mantêm guardada onde ninguém pode entrar... por mais que eu tente.
Eu sei que seu coração está cheio demais, mas eu me deixei levar pela armadilha desse sádico destino.
Hoje eu compartilho dessa maldição com efeito dominó.
Amar alguém, que ama alguém, que ama alguém, e o ciclo vicioso não vai ter fim.
Pelo menos assim eu vejo.

Só espero que essa noite, quando as luzes se apagarem,o eco de cada lágrima tua seja extinto.
Só espero que amanhã o dia amanheça bem, e a chuva... que a chuva tenha levado embora cada dor que insiste em esconder o teu sorriso.

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