quinta-feira, 24 de junho de 2010 | By: SparrowLetters

O espelho...

... tem mostrado um reflexo distorcido de mim. Não consigo mais me reconhecer, ao menos olhar nos olhos. O asco de lembrar atitudes que jamais pensara em tomar.
O que eu fiz de mim mesmo? O que eu sou odeia e repudia o que me tornei.
A depressão da alma e o fundo do poço, talvez tiveram o poder de revelar um lado obscuro que eu nunca quis conhecer, e deixar enterrado dentro de mim.
Hoje cavo a cova onde jazerá esse lado, cruel, intolerante e descompromissado.
Esse fantasma não vai assombrar mais meus sonhos, minha consciência. Hoje ele morre aqui, um pedaço de mim que jamais quero encontrar novamente.

Recolho os cacos desse espelho quebrado. Os cortes profundos serão uma chaga pra mostrar que um pude passar por cima de alguem que me assustou mais do que qualquer pessoa: Eu mesmo.



O único perdão que pode me dar a redenção, eu acho que não vou ter mais.
Meu fardo é carregar as consequências que meus próprios atos trouxeram. É a minha cruz, só cabe a mim carregá-la, em silêncio.

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