terça-feira, 24 de agosto de 2010 | By: SparrowLetters

Não entenda mal...


... tem caminhos nessa vida, sinuosos e traiçoeiros, e estes, me impuseram uma mutação afim de resistir caminhar sobre eles.
Eu passei muito tempo correndo e me cansando nessa ida sem volta, eu não podia voltar atrás, entenda. Ao menos uma bifurcação que me desse a opção, que me distraísse da monotonia, ao menos um campo verdejante onde a brisa pudesse levar por instantes as minhas mágoas. Me fora privado.

Com o tempo eu percebi uma alternativa. Eu tentei voar. Talvez lá de cima, eu pudesse ver as coisas com mais clareza. Talvez acima das nuvens escuras, o calor do sol e a calmaria da brisa, me trouxessem um lampejo que me faria despertar à uma perspectiva nova.
Ledo engano...
A possibilidade de voar pra longe das tempestades, me fizeram almejar alçar vôo aos céus, pra cada vez mais longe. "Minhas asas" seriam tudo o que eu necessitaria pra viver em paz.
"Minhas asas" se partiram. Em rodopios espiralados, eu pude ver num relance cada momento da minha vida.
Um flash que incendiou nas memórias, as maiores vitórias, e as mais decepcionantes perdas.

O chão nunca fora tão bem-vindo outrora. Deixei me levar e constatei que jamais devia olhar pra trás, ou burlar o destino de continuar seguindo tal caminho. Me dei conta que enquanto estivera perdido em meu delírio de me afastar do chão. Eu vira que logo a frente meu caminho se expandia em algo que parecia com aquilo intensamente buscado por mim.

Pressa fora meu defeito, minhas asas jazem quebradas... meu caminho se perdeu mais uma vez.

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